quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Computadores não assusta mais os idosos



O último levantamento feito pelo IBGE mostrou que, em sete anos, o número de residências com computador dobrou. Primeiro os mais jovens mergulharam na internet, agora chegou a vez dos mais idosos.


Um fenômeno que se observa no Brasil tem ligação com o aumento de residências onde existe um computador. O último levantamento feito pelo IBGE mostrou que, em sete anos, esse número dobrou. Primeiro foram os mais jovens que mergulharam na internet, mas agora chegou a vez dos mais idosos.

Quem disse que o mundo da tecnologia só atrai a garotada?

“Celular com antena é o símbolo da velharia”, afirmou o publicitário Julio Cozzi.

Aos poucos a parafernália digital vai sendo incorporada ao dia a dia da geração idosa, apesar da resistência de alguns.

“Eu não sou da era dos botões, então eu me complico toda”, disse a técnica em controle de qualidade, Valentina Siqueira.

“Esse aparato vai na minha frente mil anos. Quando estou chegando, já está em outro”, disse o aposentado Luís Lisboa.

Para quem desistiu, a turma experiente, que encarou o computador, manda um recado: “A máquina não vai me comer, não é um monstro”, contou a aposentada Neda Gobbato.

“O bicho continua tendo sete cabeças para mim, mas um pouquinho mais suave”, contou o aposentado Alcir Fernando.

Claro que essa coisa de login, comando, F4, clicar, digitar, deletar, ainda confunde. “Para ser franca, eu não gosto muito dele não. Ele é frio, não obedece, e demora. Fica me olhando, dizendo que estou errada. Mas tem um lado desafiador, tem”, brincou Jenny Baptista.

Faz bem pra cabeça, faz bem para o coração, faz bem para vida. Quem já deu o primeiro passo nem pensa em ficar para trás. E professor de uma sala de aula não tem moleza, nem um minuto.

“No decorrer dessas aulas, eu pego a necessidade de todos e todos saem daqui querendo aprender mais e mais informática”, explicou o professor Fernando Camargo Cândido.

Deu certo com a dona Jenny, que virou uma "rata de informática”. Já é o terceiro curso e ela nem pensa em parar. O negócio dessa vovozinha agora é o bate-papo virtual.

A vovó tradicional ainda existe no jeitão da casa. Mas que ninguém se engane, lá o lugar preferido dela é o cantinho da tecnologia.

“A máquina tenta me vencer, mas acabo ganhando dela”, brincou ela.

Esse curso de informática mostrado da reportagem tem 114 alunos, todos com mais de 60 anos.

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